"ESTOU SOZINHA NESSA PORCARIA AQUI!"
Lula quando era presidente, afirmou, diante de cerca de 2.500 pessoas reunidas no Centro de Convenções de Olinda para o IX Congresso Brasileiro de Saúde Pública (31/10/2009), que em sua próxima conversa com o presidente americano Barack Obama, pretendia sugerir que os EUA imitassem o Brasil, que tem o Sistema Único de Saúde, nessa área. “Obama, faça um SUS”. Esse comentário, segundo ele, deu-se pelo fato que os EUA teriam 50 milhões de pobres que não têm direito a nada: “Ah, se tivesse um SUS nos Estados Unidos, como seria bom para os pobres”, completou.
Nem vale perder tempo em, por que quando ele ficou doente, não recorreu a SUS, mas internou-se em um dos hospitais mais custosos do Brasil, onde os únicos pobres que entram, são os funcionários da limpeza.
No início desse mês explodiu como uma bomba o desabafo da doutora Ângela Tenório, médica do hospital Rocha Faria, em Campo Grande, no Rio de Janeiro, revoltada com o descaso na saúde pública, ela clamou por socorro por parte das autoridades governantes. As imagens foram realizadas pela Rede Record.
_“Estou sozinha nessa porcaria aqui. Não posso fazer nada pelo excesso de pacientes doentes. E a secretaria [de Saúde] e o governador [Sérgio Cabral] não fazem nada. Cadê o hospital estadual Pedro II? Nós somos sobrecarregados. Eu sou diabética e hiper-tensa. O Pedro II está lá, com médicos que não atendem porque não tem cama. Eu já estou de saco cheio. Eu vou ser punida por uma boa causa”.
Os pacientes (o povo) que esperavam há horas o atendimento, a aplaudiram. Essa é uma situação perigosa, pois a incúria do governo começa a suscitar o clamor público. É do conhecimento geral que nos poderes da República, sem contar a corrupção, desperdiça-se com altos salários dos servidores.
O Clamor público se sabe como começa, mas não se pode nem prever ao que pode levar.
Médica Pediatra pede socorro pelo Hospital Estadual Rocha Faria
O desabafo, aos berros, foi flagrado pelo programa "Fala Brasil", da Rede Record na última quarta-feira (30-05-2012). Hoje, o Sindicato dos Médicos anunciou que levará o caso ao Ministério Público.
— A realidade foi mostrada várias vezes, e os pacientes foram testemunhas da minha batalha naquele dia. Há sobrecarga e falta de médicos, e, quase todos os dias, há esse problema não só nas unidades de emergências, mas também nas UPAs e nas clínicas de família — conta Ângela, afirmando que estava sozinha no plantão devido à dispensa de um colega.
Procurada, a Secretaria estadual de Saúde sustenta que a equipe médica estava completa. Em nota, o órgão alega falta de unidades municipais para atender a Zona Oeste e reduzir a demanda sobre o Rocha Faria, agravada desde o incêndio do Hospital Pedro II — agora da prefeitura —, ocorrido em outubro de 2010.
"A Secretaria de Estado de Saúde esclarece que não se trata de um problema de falta de médicos, mas de falta de unidades de saúde na região, que vem sobrecarregando o Hospital Estadual Rocha Faria rotineiramente desde o fechamento do Hospital Pedro II. A SES aguarda a definição da data de reabertura do Hospital Pedro II por parte da Prefeitura do Rio de Janeiro e acredita que este fluxo de pacientes irá melhorar bastante para o atendimento à população. ", diz o texto.
De acordo com o órgão, 386 pessoas foram atendidas na emergência neste sábado (2) — mais do que o triplo de sua capacidade normal, de 120 atendimentos por dia. No domingo (3), esse número saltou para 597 — quase o quíntuplo da capacidade do setor.
— Eles dizem que havia médicos, mas o próprio diretor do hospital me confirmou que ela estava sozinha no plantão — diz o presidente do sindicato, Jorge Darze.
Do lado de fora do hospital, sobram reclamações, como no caso da morte de Manoel Pereira de Oliveira, neste sábado.
— Ele era meu irmão de criação e foi internado na quarta, com coração dilatado e rins parados. Ele morreu no sábado, às 19h, e o hospital só nos avisou hoje (ontem), às 7h30m — contou o servidor Reginaldo Tupinambá.
Procurado, o hospital alega ter feito o contato no sábado.
Dizendo-se sobrinha-neta do deputado Tenório Cavalcanti — famoso pela violência e pela inseparável submetralhadora com que abriu caminho na política na Baixada, nas décadas de 1940 e 1950 —, Ângela não teme retaliações. Funcionária contratada, ela estaria sujeita à demissão. A Secretaria de Saúde, no entanto, informou que não a punirá.
Extra-Notícias-Rio
A grande verdade é que enquanto não houver seriedade, honestidade, humanidade e comprometimento por parte dos políticos e nós continuarmos a aceitar tudo isso, o nosso dinheiro, o dinheiro do povo vai continuar sendo utilizado para enriquecer esses que aí estão e os outros que virão... enquanto isso, morremos.
Ed
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