20 de janeiro de 2012

FIM DO MEGAUPLOAD

Após fim do Megaupload, hackers atacam Departamento de Justiça e Universal Music.


O grupo hacker Anonnymous resolveu contra-atacar depois que o site Megaupload, o maior do seguimento de compartilhamento de arquivos online, foi fechado e seu fundador, Kim Dotcom, foi preso na Nova Zelândia. Os primeiros alvos dos ciberativistas foram os sites do Departamento de Justiça dos Estados Unidos e a gravadora Universal Music.

Por meio de uma conta no microblog Twitter (@AnonOps), o grupo afirmou ter derrubado os dois sites e disse lutar pela "liberdade da internet". O grupo já protagonizou diversos ataques a instituições governamentais e grandes empresas de diversos países, como meio de protesto ou alerta sobre a falta de segurança das informações particulares dos internautas.

Os Estados Unidos vivem um intenso debate por conta de duas leis, a Stop Online Piracy Act (SOPA) e Protect IP Act (PIPA), que prometem tornar mais rigoroso o combate à pirataria na Internet e podem até responsabilizar os fundadores e executivos das empresas que mantiverem arquivos ilegais em seus sistemas. Diversos portais, como Google e a Wikipedia em inglês, fizeram protestos contra as medidas.

Tribunal neozelandês decreta prisão preventiva do fundador do Megaupload
O juiz David McNaughton, do tribunal do distrito de North Shore, na cidade de Auckland, ditou que Schmitz e os outros três diretores da empresa que também foram detidos permanecerão presos até que se produza a decisão sobre seu pedido de liberdade mediante pagamento de fiança, informou a agência neozelandesa 'APNZ'.

Junto ao alemão Schmitz, também conhecido como Kim Dotcom, também foram postos em prisão preventiva os diretores da mesma nacionalidade Finn Batato e Mathias Ortmann, assim como o holandês Bram van der Kolk.

Todos eles foram detidos em operações policiais realizadas em Auckland em resposta a uma requisição feita pelas autoridades americanas, que solicitaram a extradição dos três alemães e do holandês.

As autoridades dos EUA tiraram o Megaupload do ar nesta quinta-feira por considerar que o site faz parte de 'uma organização delitiva responsável por uma enorme rede de pirataria virtual mundial' que causou mais de US$ 500 milhões em perdas ao transgredir os direitos de propriedade intelectual de companhias.

A Polícia neozelandesa informou que confiscou dos detidos e da empresa bens avaliados em US$ 4,8 milhões, além de US$ 8 milhões depositados em contas abertas em diversos bancos da Nova Zelândia.

No entanto, as autoridades da Nova Zelândia não devem apresentar acusações formais contra o Megaupload, apesar de considerar que a empresa também infringiu as leis sobre propriedade intelectual deste país.

As autoridades americanas consideram que por meio do Megaupload, que conta com 150 milhões de usuários registrados, e de outras páginas associadas ingressaram cerca de US$ 175 milhões.

Além das quatro detenções na Nova Zelândia, foram realizadas operações nos Estados Unidos e em outros nove países, entre eles Holanda e Canadá.

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