A explosão do capitalismo nos últimos tempos acirrou todas as formas de sobrevivência existente em todos os níveis da sociedade.
Não que eu tenha descoberto a “pólvora”. A luta pela sobrevivência e busca da compreensão sempre existiu e sempre existirá, mas a tão aludida e discutida inclusão digital nos deixou a mercê de uma verdadeira avalanche de informações, na sua maioria podre, torta. Conceitos de comportamento que até então só podiam ser cultivados em âmbitos restritos encontraram aí uma forma de saírem do anonimato e passaram a exercer forte influência em nossas vidas dando a devida permissão para ser ou fazer àqueles que disso necessitavam. E todo aquele que não tem um mínimo de equilíbrio ou uma cultura sólida, baseada em bons princípios certamente se tornou ou se tornará um verdadeiro perigo aos seus e a sociedade sofrendo e/ou fazendo sofrer.
É mais curioso ainda o fascínio pelo assunto “sexo”. É incrível como se busca na Internet liberdade, orientação, companhia, satisfação, realização daquilo que não se pode ou não se tem coragem de fazer, principalmente com o seu par.
A busca pelo prazer e por soluções para a vida são coisas que quase todos acham que vão encontrar na Internet, alimentando assim a existência de pessoas maléficas entre nós.
As comunidades virtuais alternativas aumentam, crescem. São as mocinhas e as vilãs dos relacionamentos, pois permitem aproximação, reaproximação, reacende velhas chamas e aí, quem não sabe brincar não deveria “descer para o play”.
Frequentemente temos notícias de homens espertalhões e inescrupulosos que se aproveitam da carência, inexperiência, curiosidade de muitas mulheres, mas curiosamente ainda não tive notícia de um homem se quer que tenha sido enganado, usado por uma mulher que conheceu pela internet! Isso, por serem todas as mulheres certinhas? Claro que não!
O homem tem vergonha de assumir que foi enganado ou que é um idiota mesmo ou os dois. E tem aos montes! Mas a grande maioria frequenta a internet por diversão, por esporte e para esses não existe ganhar ou perder.
No mundo virtual, se você se deixar influenciar você acaba fazendo mérda. Magoa e é magoado, destrói e é destruído, muitas das vezes sem direito à remediação.
Mas é aí que se coagula a formação do círculo vicioso. Enganar por ter sido enganado, usar por ter sido usado, dar o troco, se dar bem.
Estamos no século XXI e nada mudou. A máquina humana pouco evoluiu ao longo dos tempos e continua se valendo da evolução das outras máquinas para cada vez mais subjugar o seu semelhante em prol do seu próprio prazer, bem estar, diversão. E como resultado dessa euforia virtual, muitos relacionamentos encontram o seu fim. Uns por há muito “andarem mal das pernas”, outros por deslumbramento e imaturidade de alguém ou de ambos.
No fundo, todos são merecedores por buscar no virtual aquilo que não se tem coragem ou competência de conquistar no real: a verdadeira amizade, o seu verdadeiro par.
...mas as vezes... dá certo!
Por Edmilson de Souza - o Ed

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